Brasil. Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Atualmente morador do Centro histórico [Guaíba, Mercado Público, essas coisas]. Durante 26 anos, vivi no bairro Restinga. Morei por 4 anos na cidade do Rio Grande: onde me fiz professor e escritor. Onde comecei uma vida do zero e ainda levo no coração todas as experiências, amigos, frustrações e nostalgias.
Enquanto estudante universitário, ingressei no Invitro – Laboratório de Escrita Criativa, e durante 2 anos eu convivi diretamente com outros escritores e outras escritoras e tive a gigantesca experiência de publicar dois livros com o grupo: a antologia Vitrais: contos do Invitro [2015] e o romance coletivo Condomínio Saint-Hillaire [2018]. Após o retorno para Porto Alegre, já professor, ingressei na Oficina de Criação Literária do escritor e professor Luiz Antônio de Assis Brasil. Dali veio mais um livro: a antologia de contos Caleidoscópio [2018].
Escrevo contos regularmente, mas não os reviso com a mesma frequência. Contos antigos? Tenho medo de lê-los e odiá-los e... e...e...na verdade, eu vou sair do clichê do escritor que ‘ai, tenho raiva dos meus textos’, ‘ai, meus textos antigos são um “eu” diferente bibibi’ e dizer que os meus contos pré-2015 me dão muita preguiça – são previsíveis, caricatos, conflitos obscuros, uma porrada de clichês e diálogos sofríveis. Não tenho nenhuma vontade de revê-los e reescrever alguma coisa dali, por mim, eu os apagava. Porém, por que não apago?
Os contos pós-2015 e que não foram publicados eu vou trabalhando na medida em que eu vou estudando mais e mais escrita criativa, teoria literária, roteiros e afins.
No primeiro parágrafo, eu quis me posicionar geograficamente e socialmente [se não conheces o bairro Restinga, zona sul de Porto Alegre, é bom pesquisar] para preparar o que vem no próximo parágrafo, ou seja, quero expor minhas indagações, mas não quero [querer é uma coisa] que pense que isso é supérfluo na minha vida, que isso é algo porque não tenho mais com o que me preocupar. Veja bem, minha filha ainda vive na Restinga. Na Velha. Perto do Barro Vermelho. Então, sim, tenho muitas outras preocupações – no entanto, eu vivo de Literatura [aulas, oficinas, narrativas], e óbvio que como é o meu trabalho, essas indagações vêm à minha cabeça.
Qual o meu gênero dentro da narrativa? Qual o meu estilo narrativo? Se eu terei algum, quando eu poderei enxergar isso?
Se vocês têm essas mesmas indagações, por favor, entrem em contato comigo.
As duas próximas colunas serão focadas nestas perguntas e queria muito a contribuição de vocês.
Até o mês que vem.
Cristiano Vaniel é professor de Literatura, escritor, vive em Twin Peaks, fuma Red Apple e é embalado por synthwave.
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