Este texto foi produzido a partir da Oficina de Escrita Criativa O corpo conta.
Casa arrumada! Cheirinho de comida!
O chimarrão está pronto!
No verão, os domingos são assim: reunimos a família (não somos poucos!). E o almoço demora a sair... Ninguém está com pressa. Enquanto esperamos, beliscamos um tira-gosto. Vamos bebericando...
É bom estarmos juntos. Conversamos. Opinamos. Concordamos. Discordamos. Mas tudo termina bem.
Sempre tem um que demora para chegar. A avó é a mais ansiosa.
- Será que eles vêm?
Tento acalmá-la.
- Devem estar vindo. Tem trânsito.
Finalmente, acaba a espera.
- Chegaram!
As crianças, com suas brincadeiras, quebram alguma coisa. Alguém corre para juntar os cacos espalhados. Nada a reclamar: casa que tem criança é assim mesmo! Imagina, nós aqui, agora, sem esses pequenos?!
Falam todos ao mesmo tempo. De repente, um silêncio. E me dou conta:
- Cadê as crianças?
Saio em busca das “ferinhas”.
Encontro-as brincando, bem tranquilas.
Finalmente, o que todos querem ouvir:
- Tudo pronto! Vamos à mesa!
Aos domingos, os homens lavam a louça. Eu acho o máximo. Um dia de folga por semana é muito bom.
A harmonia, a alegria da convivência em nossos agradáveis almoços de domingo são tão importantes que não abriria mão deles por nada.
Nossos encontros, carregados de afeto ficam na memória. Ouço os ruídos, sinto os aromas, lembro das piadas (até as meio sem graça!), escondo um sorriso.
Enquanto o verão não chega, curto essa saudade boa, essas lembranças que aquecem o coração e que fazem tão bem à alma da gente.
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Sou de Rio Grande. Professora, formada em Letras e Biblioteconomia pela FURG. Adoro ler. Vivo cercada de livros desde muito pequena. Escrevo poesias. Participei de um grupo de poetas, denominado "Girassol", por quase quinze anos. Escrevo crônicas e contos infantis. Gosto de boa música. Participo de um coral. Descobri que cantar é uma terapia maravilhosa. Gosto também de desenhar e pintar. Desenho faróis, navios, mandalas.
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